por Helena Pajaro
Nesta terça-feira (30), na Semana da Comunicação Expressa, realizada na Esamc Santos, o palestrante da noite foi o fotojornalista Marcelo Justo.
Natural de Santos e formado em Jornalismo na Universidade Santa Cecília, Justo tem passagens pelos jornais A Tribuna e Folha de S. Paulo. Hoje, atua como freelancer. Ele coleciona fotos marcantes, sobre as quais contou algumas das histórias por trás das imagens durante a palestra, como quando foi preso ao tentar tirar uma foto do ex-presidente Lula pescando no Guarujá. Justo coleciona fotografias de hardnews, de artistas como Eliana, Gisele Bündchen e políticos como José Serra, Lula e Barack Obama.
Concorreu e ganhou alguns prêmios. Um deles foi O Porto que Eu Amo, em 2006, referente a uma foto de um estivador, tirada em 2003. “O Fotojornalismo não está na câmera, está no momento”, define Marcelo ao relatar uma foto tirada por um celular, que virou capa de matéria. O fotógrafo também frisou a necessidade de esperar o momento certo para se ter uma boa imagem: “Paciência traz uma boa foto”.
A estudante de Jornalismo Quitéria Camila da Silva Ataíde, de 25 anos, disse que fotografia não é algo no qual ela seja apaixonada, mas a forma como Marcelo Justo contou todas as histórias chamou-lhe muito a sua atenção. Quitéria comentou sobre uma fala dita por Justo durante a entrevista, a respeito de captar o momento, e a fez lembrar-se de um amigo do 1° semestre: “Ele começou a ficar apaixonado por fotografia, comprou uma máquina fotográfica e a andar de moto com essa câmera. Certo dia, ele viu um acidente, fotografou e mandou para o professor. Essa foto foi publicada no jornal”. A estudante relatou a importância de ver o outro lado da fotografia, como a dificuldade de tirar uma foto. Nós só vemos o resultado final.
“Hoje percebi e dei mais importância pra fotografia, porque ele (Justo) disse que muita matéria foi criada em cima da imagem que ele fez. Às vezes a foto é tão boa, que pode dar uma ideia criativa de texto”, disse Quitéria, sobre a palestra.