por Vinicius Oliveira
A indústria da moda é a segunda maior fonte de poluição no mundo. Somos a primeira geração a sentir os efeitos e a última a ter a chance de reduzir as causas. Ser consciente se tornou uma necessidade socioambiental urgente. Armários compartilhados entre pessoas de mesmos gostos são a nova aposta do comércio.
Minimizando gastos e aumentando indiretamente os guarda-roupas, a pequena ação de “locar” vestuário se tornou a forma mais simples e rápida de apoiar uma causa sem ir contra a maré. “Todas nos mulheres em algum momento do vida já olhamos para o armário e dissermos não ter o que vestir.” disse a jornalista Bruna Corralo, no Workshop de “Moda Consciente” aplicado na quarta-feira (31/10) na Semana de Comunicação da Esamc Santos. Ela contou que há quatro meses abriu uma Franquia BLIMO, conhecida como a “Netflix da moda” por triplicar o guarda-roupa das assinantes a valores justos e acessíveis, sem ocupar espaço em suas casas.
Os Armários Compartilhados tem o intuito de fazer com que as porcentagens de uso se equiparem com os números de produtos saindo de fábrica. A indústria da moda descarta anualmente 500.000 mil toneladas de plástico e 12.000 mil toneladas de tecidos sintéticos, segundo o Instituto Ellen MacArthur. A BLIMO é um acervo com roupas novas e seminovas “divididas” entre mulheres por mensalidades entre R$ 80,00 e R$ 160,00 reais. O uso consciente das roupas foi a ideia base para sua criação.
Durante a palestra, Bruna apresentou informações sobre a quantidade de água usada para lavagens de tecidos, o tempo que blusas de poliéster, com a mesma materia prima que os famosos “canudinhos” hoje sendo aos pouos substituidos por canudos de inox, levam para se degradaram ao serem descartadas.
Motivados por essas causas, ativistas pelo mundo buscam maneiras mil de minimizar danos. Roupas veganas ganharam sua própria semana da moda e armários cápsula estão sendo adotados por pessoas de classes sociais distintas, o consumo consciente cresce e os armários compartilhados crescem junto.