Alunos da faculdade ESAMC visitam o Grupo A Tribuna

por Vinicius Oliveira

Na última quinta (08/11), os alunos de comunicação da faculdade ESAMC visitaram o novo prédio do Grupo A Tribuna, acompanhado pela jornalista e atualmente professora da disciplina Agência de Notícias, Carlota Cafieiro. O edíficio que agora integra o jornal A Tribuna, G1 e globoesporte.com; estúdios da Rádio TriFM 105.5 e TV Tribuna, fez os universitários entenderem como funciona a rotina dos jornalistas de uma redação de jornal, no jornal online, numa rádio e o trabalho jornalístico na televisão, além disso puderam conversar com profissionais experientes neste segmento.

Marcelo Eduardo Santos é um deles, o jornalista atualmente trabalha com a editoria de agência de notícias do jornal e editou por 20 anos a página Mundo e Brasil, explicou como funciona a sua checagem e como que as notícias nacionais e internacionais chegam até o jornal santista e como é feita a modificação da linguagem para o público específico da região. Além dele, Arminda Augusto, jornalista formada pela UniSantos, há 22 anos na casa é desde 2014 a editora-chefe da redação. Arminda, que também foi professora universitária por dois anos, fala sobre a questão de muitos sonharem com a profissão, mas terem um choque de realidade na hora que estão numa redação. “Muitos tem o sonho de jornalista. É igual a médico veterinário, quer ser porque gosta de cuidar dos bichinhos, mas quando chega na hora e tem de ficar de plantão vê que a coisa é diferente do que parecia. No jornalismo a mesma coisa, muitos quando se deparam com a realidade de um jornal, que tem matéria para entregar todos os dias, tem todo um trabalho de apuração e checagem, além dos plantões, muitos desistem”. Porém, a ex-repórter dos setores de Educação e Meio Ambiente diz que as boas histórias e fazer o leitor refletir é o que faz ainda manter o amor pela profissão. “O que faz muitos profissionais se manterem é o fato de saber que no jornal eu conto uma história e a partir daquilo que o público lê já se torna uma nova história”, explica. 

Ainda na mesma redação, os futuros comunicólogos conversaram o editor da capa do jornal A Tribuna, Mário Jorge, nesta oportunidade ele explicou como funciona o seu trabalho de selecionar as notícias que vão à capa e como que são escolhidas. “Há uma reunião com a nossa editora-chefe, a Arminda e os demais jornalistas para avaliarmos o que será colocado como capa, levando sempre em conta a relevância da notícia”. Mário falou ainda sobre a questão de saber escolher as imagens, porque muitas vezes uma imagem pode ter uma interpretação diferente. Um dos exemplos citados por exemplo, uma notícia envolvendo o atual presidente, até janeiro, Michel Temer e o presidente eleito e que governará o País pelos próximos anos, Jair Bolsonaro (PSL), em que ao selecionar a imagem dos dois, em momento algum ele coloca uma notícia que envolva um assalto ou caso de corrupção de dois políticos próximo desta imagem, porque podem associar a notícia com esta imagem. 

Durante a visita, os alunos puderam ouvir a repórter do jornal Expresso Popular, que ensinou a diferença entre a linguagem do jornal Aa Tribuna e do Expresso. No primeiro, a notícia aparece de forma mais formal, sem nenhum tipo de brincadeira, com palavras mais sérias. Já no Expresso, por ser um jornal mais voltado para o povo mesmo, existe a possibilidade de brincar mais com uma imagem ou com o título e também da forma de explicar a notícia. Ela cita o exemplo da notícia do fim do Ministério do Trabalho, que no jornal A Tribuna essa notícia seria dada explicando em texto como isso funciona e no Expresso eles explicam em infográficos, em tópicos, para que o leitor possa entender de uma forma mais simplificada. 

O passeio ainda se estendeu pela Rádio TriFM 105.5, onde estava a locutora Lucimara Félix. Lá a radialista explicou como é a realidade do rádio atualmente, sobre a questão dos sorteios e promoções para atrair os ouvintes e também comentou que hoje é muito mais fácil a interação pelo fato de haver as redes sociais. Segundo ela, ouvir música apenas por ouvir qualquer um ouve, porque hoje tem os aplicativos de música e tem a possibilidades de baixá-las, por isso o desafio do rádio é fazer com que os ouvintes tenham um motivo para ouvir a programação. 

De andar em andar, de setores em setores, de jornalistas em jornalistas, assim foi o dia daqueles futuros jornalistas que visitaram o prédio. José Carlos Pimentel, repórter do G1, recepcionou a todos e falou sobre a rapidez que o jornalismo online tem de ter. “No jornal impresso é entender que você pode apurar a notícia e escrever para as pessoas lerem no dia seguinte. No online, tem que ser o mais rápido possível porque senão a notícia torna-se velha, por isso a rapidez, sempre com responsabilidade, deve ser prioridade para que uma informação seja publicada”, explicou. 

Uma das atrações da visita foi também a TV, onde os alunos puderam conhecer o estúdio, os sweets onde é feita toda a coordenação da TV Tribuna, como as entradas ao vivo, os repórteres na rua, estando sempre integrado com a Rede Globo em São Paulo, por ali tendo os cortes, o telepromter, o chroma key, enfim, tiveram todo um conhecimento dos bastidores do trabalho de televisão. O repórter Rodrigo Nardelli, o cinegrafista Carlos Abelha e o jornalista de dados, Luiz Lina, foram os responsáveis por acompanhar e explicar cada detalhe da TV Tribuna. Nardelli contou sobre a apuração e a dificuldade para o recebimento da notícia. “É pensar que no jornal impresso e no jornal online, por mais que tenha a necessidade de uma notícia ser veiculada o mais rápido possível, o impresso até talvez elaborando uma explicação maior pelo fato de ser publicado no dia seguinte, mas a TV não, temos um bloco de notas, um microfone e o cinegrafista, por isso que temos a necessidade de alguém que está aqui na redação nos atualize as novas informações da notícia que estamos apurando”, explica. 

A oportunidade serviu para os novos comunicadores entenderem como funciona a redação de jornal impresso e online, o trabalho no rádio e na TV, levando em consideração a responsabilidade com a informação e o trabalho exigente, mas apaixonante que é o jornalismo. Todos que conversaram com os alunos falaram sobre o desafio, mas falaram também sobre a paixão que envolve esta profissão.