por Helena Pájaro
Na noite da última quinta-feira (21), a Esamc Santos recebeu a editora-chefe do jornal A Tribuna, Arminda Augusto, para aula magna de comunicação. Em torno de 400 pessoas assistiram ao encontro.
Arminda se formou em Jornalismo na Unisantos, tem 22 anos de A Tribuna e ocupa o cargo de editora-chefe há cinco. “A Universidade dá um suporte e faz pensar como em outros lugares não fazem”, disse jornalista, ao falar sobre o peso do diploma, mesmo não sendo mais obrigatório. Ainda sobre a profissão, Arminda citou alguns pontos que um jornalista precisa se ater para se destacar e sempre estar à frente: “Para ser jornalista precisa ser curioso e ter interesse por tudo. O interesse gera fontes, ir atrás dos bastidores e do que não foi dito”.
Um dos assuntos abordados na palestra foi o atual momento da Era Digital. Arminda considera que a internet gratuita quebrou a produção da notícia e a procura pelo jornal impresso é cada vez mais baixa. Porém, na visão dela, o impresso ainda tem sua relevância, desde que se reinvente com projetos. Ao falar de inovação, foi questionada sobre como o jornal impresso se mantém. A editora-chefe respondeu que inovar é uma forma de garantir que a marca perenize. “Sou otimista quando falo da volta da onda do jornal impresso”, disse, ao comentar o aumento da procura pelo jornal impresso e digital após o advendo das fake news, muito devido à credibilidade dos jornais.
Muitas perguntas foram feitas pelos presentes na palestra. Uma delas foi sobre quais foram os principais erros e acertos na sua vida profissional. Como acertos ela citou que aprendeu a trabalhar em equipe, sair de seu mundo e se colocar no lugar do outro. “Como erro, nunca deveria ter me permitido entrar em uma zona de conforto e, hoje, tenho que correr para me reinventar. Não fiquem na zona de conforto, não se limitem a serem apenas jornalistas. É preciso ver de cima”.
Estudante de Jornalismo da Esamc Santos, Joyce Fernanda Souza, 23 anos, estava entre os presentes na aula magna. Para ela, o que mais chamou sua atenção foi um relato de Arminda sobre uma candidata no processo seletivo de estágio da A Tribuna: “ A menina estava quase se formando e, no processo, entregou um texto com bastante erros, tanto de português quanto de interpretação. Chamou atenção não por eu achar a menina burra ou algo do tipo, mas como um lembrete de que erros e enganos acontecem”.