por Willian Ribeiro
Raquel Pellegrini, 49 anos, é professora, formada em Jornalismo e pós-graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual. Ela trabalha na área há 27 anos, sendo 22 como diretora. Com uma simpatia ímpar, esteve na faculdade ESAMC Santos na noite de quinta-feira (24) para falar sobre os rumos da TV e do audiovisual em geral. Essa entrevista foi realizada pelos alunos de comunicação e poderá ser vista no projeto acadêmico de multimídia Shift. Rádio, TV e Jornal em breve.
A entrevista com Pellegrini ocorreu na biblioteca da instituição. Raquel esperou sentada os preparativos de câmera e relatou a aluna Letícia, que faria a entrevista, sobre seu nervosismo em estar diante de refletores e em volta de alunos. Todos concentrados em ouvi-la. Mas isso não a impediu de realizar uma conversa caprichada.
Ao iniciar o dialogo, ela falou sobre os caminhos percorridos pela TV, principalmente na Baixada Santista. Em um desse momentos, pontuou sobre a falta de programas regionais em televisão por aqui, o que seria menor do que antigamente.
Nesse sentido, ela contou que houve uma época muito forte de produção regional. “Na década de 1990, as emissoras produziam muita coisa bacana. Existem poucos programas (na baixada) em relação aquela época.” Ela orientou que é necessário uma modernização da linguagem audiovisual. “Usar a linguagem das redes sociais. Agilidade da informação. A televisão não pode mais esperar as coisas acontecerem.”
Ainda assim, Raquel ressaltou a infinidade de opções que temos no audiovisual atualmente. “Desde a década de 80, você tem uma evolução que não para, logo depois do VHS (sistema de captação e reprodução de vídeo e áudio), até hoje, não só em termos de captação de imagem. Hoje em dia, o audiovisual possui uma evolução tecnológica gigantesca”, afirma.
Paciente e com um semblante calmo na fala, Raquel foi incisiva ao destacar a infinidade de opções que temos no audiovisual. Entre vários assuntos abordados, ela ainda destacou a forte presença dos canais de streaming atualmente e sobre a atualização que a TV precisa passar obrigatoriamente. “As pessoas não param mais para assistir televisão”, destaca.