Fake news exigem cuidado dos leitores em meio a pandemia

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Fotografia: Mayara Rabelo / AES

por Mayara Rabelo / AES

Em tempos de pandemia, todo cuidado é pouco. Não apenas no sentido higiênico, mas também informativo, em que as fake news chamam atenção por suas manchetes tendenciosas, por meio de publicações e compartilhamentos em redes sociais. O século 21 está se mostrando cada vez mais tecnológico. São diversos avanços obtidos, que beneficiam não apenas empresas, mas também pessoas físicas.

Atualmente, as tecnologias são capazes de trazer a informação para a palma da mão de milhares de pessoas, e, em um clique, já é possível saber o número atualizado de casos da Covid-19 no Brasil. Entretanto, nem todas as informações que ganham notoriedade são verdadeiras. As fake news tratam de assuntos diários, em destaque, mas não de forma fatídica. São informações incorretas, dicas inapropriadas e, na maioria das vezes, alarmistas. É necessário cuidado ao ler alguma notícia hoje em dia.

Lucas Perche, 27, empresário, morador de Santos, diz que não utiliza as redes sociais como meio de informação e se posiciona: “Acho que a informação nos dias de hoje chega muito rápido. Então, acredito que a cautela em repassar uma informação deve ser muito grande. Isso ocorre por conta da falta de pesquisa. Algumas pessoas foram educadas a estudar, a pesquisar, mas nem todos tem esse hábito ou costume”.

O costume de pesquisar também faz parte da rotina de Vitória Dantas, 19, do Guarujá, estudante de Jornalismo: “Eu não paro de acompanhar (as notícias) um minuto. Pois no momento que estamos vivendo, tudo é motivo para publicar uma notícia falsa. Eu me preocupo muito, pois não quero que minha família veja coisas que não são verdade. Estou muito atenta a tudo isso. Então, sempre falo para buscar outros lugares e fontes confiáveis”.

O debate sobre essas publicações falsas vai muito além da rotina dos jornalistas. Na última segunda-feira (6), Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), se pronunciou em uma palestra organizada pela Arko Advice sobre os impactos jurídicos da pandemia: “Não adianta você criar fantasias, não adianta criar fake news, não adianta criar notícia fraudulenta ou desinformação”, afirmou, citando painel do Supremo em parceria com outras instituições para combater notícias falsas.

Toffoli considerou natural a tendência de judicialização de decisões do Parlamento, em funcionamento remoto por causa do Coronavírus, mas garantiu que a Corte “vai enfrentar com muita serenidade, muita traquilidade, sabendo separar aquilo que tem fundamento daquilo que é oportunismo”. Nota-se que esse assunto é pauta para muitas pessoas diferentes e, portanto, recorrente em aspectos comunicativos. Porém, isso não significa que devemos parar de usar as redes sociais. Em contrapartida, é necessário citar que precauções devem ser tomadas para evitar que uma notícia falsa se propague: atente-se ao veículo que publicou a notícia, se é conhecido e confiável; a manchete conecta-se em sentido com o que está escrito? Essa informação está sendo divulgada em outros veículos de comunicação? Se você respondeu sim para as questões acima, então trata-se de uma verdadeira notícia. Crie esse hábito e informe-se com qualidade.

Mayara Ledo com agência Reuters.