Por Letícia Santana e Leticia Goulart/ AES
Setembro Amarelo, conhecido como mês de prevenção ao suicídio, criado pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pelo CVV (centro de valorização da vida), é uma campanha marcada pela conscientização da população a respeito do transtorno depressivo, com o objetivo de chamar a atenção para esse grave e ignorado problema de saúde pública.
Anos atrás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) previu que a depressão se tornaria a principal doença da população mundial. Atualmente, é responsável por mais afastamentos em trabalhos que qualquer outra doença, até mesmo o câncer. Com a chegada da pandemia no mês de março de 2020, percebemos que os casos de transtornos psiquiátricos tem aumentado, deixando uma sociedade inteira doente e com uma tristeza profunda, por conta de perdas de seus familiares, desemprego e distanciamento social, trazendo mais visibilidade a causa.
A depressão, apesar de ser uma doença bastante conhecida, é pouco identificada e difícil de ser combatida, alguns dos sintomas são: ansiedade, angústia, insônia, distorção de apetite (perda ou aumento), insegurança, auto mutilação, entre outros casos que podem variar de paciente para paciente.
Em entrevista à Agência Experimental Esamc Santos uma aluna de Psicologia, que não quis se identificar, nos conta sua experiência com esse distúrbio: “Quando eu tenho crises depressivas, sinto que não tenho propósito algum e que nada pode me tirar do meu abismo. É duro e agonizante você pensar em algo pra me fazer levantar, eu simplesmente não consigo. Em meio às minhas crises de ansiedade, sinto uma dor forte no meu peito, meus pensamentos não param por um segundo. Descobri que precisava de ajuda a cerca de cinco anos atrás, tomo remédios há três anos e simultaneamente, faço terapia desde então. Muitas vezes, sofro com a adaptação ao remédio, geralmente é o certo mas a dose errada, ou o inverso. Apesar de complexo e extenso, o tratamento psiquiátrico e psicológico tem me ajudado bastante. O melhor que você pode mostrar pra alguém que tem depressão ou ansiedade, ou os dois, é que você está lá. Na maioria das vezes, a pessoa não vai querer falar e você não vai fazer ideia do que se passa na vida dela, o melhor a fazer é dizer que você está lá, porque acredite ou não, ela não sabe até você dizer as palavras.”
Caso você perceba isso em um familiar ou conhecido é necessário procurar ajuda médica o mais rápido possível para oferecer ao doente todo suporte, o passo mais importante é o depressivo reconhecer que precisa de ajuda.