Setembro Amarelo conscientiza sobre a depressão

por Patrícia Silva dos Santos
 
 
Setembro é conhecido como o mês da prevenção ao suicídio por conta da campanha criada no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), em 2015. Intitulada Setembro Amarelo, essa ação é apoiada pelo público e pela mídia durante todo o mês, e especialmente no dia 10, data mundial da prevenção ao suicídio.
 
 
Por se tratar de um tema forte e delicado, a pauta sobre transtornos mentais se torna importante para ser discutida também no dia a dia. Ainda mais nesse ano atípico, com uma inesperada pandemia que nos forçou ao isolamento social. Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se mata no planeta.
 
 
Por ano, são quase 800 mil suicídios. Desse modo, a depressão pode ser considerada a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Em época de pandemia, os índices de registros de suicídio se tornam mais preocupantes. Nos países de renda alta, já foi reconhecido um vínculo entre suicídio e problemas de saúde mental, como depressão, bipolaridade e abuso de substâncias ilícitas. Uma publicação no site da campanha do Setembro Amarelo afirma que cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais.
 
 
“A pandemia de Covid-19 causou uma crise na saúde mental não só em mim, mas em muitas pessoas que eu conheço. Existe uma certa frequência de sintomas que essa pandemia vem causando. Só entre as pessoas do meu convívio, duas mulheres já conversaram comigo o quanto tem sido estressante e desafiador passar por esse momento. Além das crises, sintomas como peso desregulado e queda de cabelo pioram o problema”, confessa Carla (nome fictício), que não quis se identificar. 
 
 
Apesar desse momento difícil, Carla ainda tenta entender esse período: “Agora, buscar e oferecer ajuda tem sido muito importante para me reestabelecer e sair da crise que veio junto ao início da quarentena. As pessoas que acolhem sem criticar, e compreendem os sintomas, ajudam conforme vou conseguindo focar nas coisas que gosto de fazer”.