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CENTRO – SÃO VICENTE – SP, 28/11/2020: Movimento no Brisamar Shopping, um dia após a Black Friday.
Foto: Victoria Fernandes/AES
CENTRO – SÃO VICENTE – SP, 28/11/2020: Movimento no Brisamar Shopping, um dia após a Black Friday.
Foto: Victoria Fernandes/AES
Por Amanda Oliveira (texto) e Victoria Fernandes (fotografia)
Desde o mês de março deste ano, o Brasil encontra-se em estado de isolamento social, no começo as restrições eram muito rígidas e, com isso, muita gente que podia se isolou dentro de casa. Algumas pessoas seguiram à risca todas as restrições e saíram apenas para coisas necessárias, tais como ida ao trabalho e compras essenciais. Por outro lado, há indivíduos que, desde o começo, não se importaram com tudo que viram nos jornais, internet e tv, e continuaram saindo, se encontrando com outras pessoas sem fazer o uso de máscara.
No momento em que se completa oito meses desde que a pandemia iniciou, muitas cidades reduziram suas restrições. Na Baixada Santista, quase todos os serviços foram liberados, mas com o dever de respeitar as medidas de segurança, como o uso de máscara e o distanciamento social. O problema é quando vemos que são poucas as pessoas que ainda seguem essas restrições, muitas já não usam mais a máscara, apenas para entrar em estabelecimentos onde ela é obrigatória.
Gabriel Barbosa do Nascimento, técnico de telecomunicações, de 21 anos, acha que a pandemia está instalada no Brasil desde o Carnaval desse ano, “mas com o pouco conhecimento sobre a Covid-19 que tínhamos, não conseguimos identificar o problema. Só quando outros países começaram a se manifestar, rapidamente tentamos fechar as nossas portas, mas o vírus já estava por aqui, um vírus devastador que já levou mais de 170 mil vidas, foi declarada quarentena no dia 21 de março”, lembra, e completa: “De lá pra cá, algumas pessoas não respeitaram, assim, foi ficando desacreditada a pandemia, com o tempo as pessoas voltaram para as ruas e agora os casos estão aumentando e, como consequência disso, vamos voltar para quarentena novamente até que a vacina salve nossas vidas.”
Nascimento tem razão, aos finais de semana e feriados, vemos uma cena constante: bares, restaurantes, praças públicas, entre outros, sempre lotados, todas as pessoas sem máscara e com distanciamento social zero, uma multidão que nem se lembra que o novo Coronavírus ainda se encontra presente.
São muitos os impactos que a pandemia causou, entre eles, estão os psicológicos, como ansiedade e depressão, estudos apontam que as pessoas podem desenvolver estresse pós-traumático mesmo três anos depois do fim da quarentena. Com isso, muitas pessoas veem as saídas para estes lugares como uma forma de escapar desses males mentais.
É o Caso de Tamires Bento dos Santos, operadora de loja, de 19 anos, ela conta que o começo da pandemia foi um caos, ficou desempregada durante um mês, até que apareceu uma boa proposta de emprego, porém, com riscos pois teria que pegar transporte público e manter contato direto com os clientes. Então aceitou a proposta de emprego e seguiu tomando todos os devidos cuidados. E ressalta “depois de meses fui me descuidando, por achar que as coisas estavam se normalizando e principalmente por começar a não me sentir tão bem psicologicamente, passava muito tempo dentro de casa, somente na rotina do trabalho para casa. Agora os cuidados são poucos, saio com frequência e uso máscara somente para entrar nos locais fechados.”