Após dias sombrios, o sol começa a aparecer para o comércio vicentino

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SÃO VICENTE – SP 04/12/2020: Mulher vende água de coco e milho na praça em meio a pandemia para sustentar a família. 
Foto: Ana Rocha/AES 

Por Victória Khouri (texto) e Ana Rocha (fotografia), da AES

Durante a quarentena, as vendas caíram 54%; hoje a expectativa é uma injeção econômica de R$169,4 milhões nas vendas de fim de ano

Após um ano de crise econômica e dificuldades para o comércio vicentino, finalmente há uma luz no fim do túnel. O período de quarentena obrigou os empresários a fecharem suas lojas, o que gerou uma queda de 54% nas vendas do varejo. Muitas empresas não resistiram à dureza deste período e viram a falência de seus estabelecimentos, só em São Vicente, foram cerca de 267 dissoluções entre março e agosto; os dados são da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp).

No dia 9 de outubro, o governador João Dória anunciou o avanço para a fase verde, e finalmente, o comércio de São Vicente viu o aparecer do sol. A junção entre o verão, férias e o fim de ano elevam a expectativa dos lojistas da cidade. Dados da Associação Comercial de São Vicente (ACSV) projetam uma injeção econômica de R$169,4 milhões nas vendas natalinas, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. “A previsão de aumento é baseada em alguns fatores, como o pagamento do 13° salário, o auxílio emergencial e o retorno gradual do comércio. O lojista está ansioso, pois o Natal é uma das datas mais importantes para o varejo, e a temporada de vendas foi inaugurada com sucesso pela Black Friday”, é o que conta o presidente da ACSV, Alcides Antoneli.

Os empresários vicentinos, neste segundo período da pandemia, continuam esperançosos e enxergam um grande salto na retomada com as vendas de dezembro. Muitos já preparam o estoque e até expandem o quadro de funcionários, é o que revela o gerente da loja Besni, Rogério Faria, “os preparativos estão acontecendo, admissão de 100% do quadro atual, mercadorias chegando, funcionários novos motivados pela oportunidade”, e ressalta que “a empresa também está estruturando o setor de e-commerce para alcançar novos horizontes”. Cerca de 62% dos consumidores utilizarão ferramentas online para fazer as compras neste período.