Por Mayara Victória Ledo/AES
Existe uma dualidade no que a internet nos fornece atualmente: ela nos conecta com milhares de pessoas, informações e lugares diferentes, mas ao mesmo tempo nos afasta de uma realidade mais clara.
Ao tocarmos em nossos celulares, estamos escapando do cotidiano que nos envolve e nos cercando de possibilidades. O que eu quero ver? O que eu quero comprar? O que eu quero conhecer? O que eu quero saber? Seja lá qual for a resposta, ela está bem na palma de sua mão.
É possível compreender essa relação entre nós, seres pensantes, com nossos smartphones, como uma relação de derramamento. Nós derramamos diariamente nossas vidas nas telas, expomos anseios, expressamos sentimentos, torcemos, dizemos, compartilhamos e não cansamos, pois lá estaremos também no dia seguinte. A mutualidade desta relação é inegável, pois as telas nos devolvem com intensidade tudo o que nelas é despejado.
Bom ou ruim, quem decide são os usuários. Cabe a nós a habilidade de escolher o que consumir, a escolha do quanto vamos despejar ali e como isso poderá nos afetar.