Por Matheus Rodrigues Leite/AES
Conectar, a palavra vem do inglês “connect” e tem como significado “estabelecer conexão entre”. Mais do que isso, a capacidade de se ligar profundamente a ponto de criar um raciocínio empático é o que diferencia o ser humano dos outros animais.
A princípio, as conexões entre as pessoas eram feitas através da fala, dos gestos, da arte e assim por diante. Seguiu evoluindo com a criação da internet, onde a principal ideia era conectar o mundo inteiro, contudo, esse sentimento de “poder” tecnológico desviou o motivo pelo o qual foi projetado, afinal, atualmente vemos uma necessidade instantânea de demonstrar sucesso por meio das redes sociais (além de se encantar com a vitória alheia) e entrar em negação com o próprio fracasso (fator que pode ser de grande aprendizado).
A pressão para ter uma vida social perfeita, sem defeitos, mascara a realidade e faz com que haja falhas na formação de conexão, pois a fantasia e a ideia platônica sobre o que há ao redor se coloca a frente da verdade.
A entrega total apenas à tecnologia é tóxica e pode acabar em um caminho sem volta para a cegueira panorâmica da vida.Equilíbrio, “posição estável, sem oscilações ou desvios” é o antidoto da alienação virtual. Será que somos capazes de compreender essa situação e compartilhá-la com as próximas gerações ou após chegar, ao que conhecemos, ao auge do desenvolvimento lógico e cognitivo, seremos esnobes o suficiente para nos sufocarmos nas próprias invenções e retroceder em vez de avançar?