Por Sheyla Martins/AES
Além de apresentar riscos, a recusa pela vacina afeta relações de convivência
Mesmo diante das campanhas cada vez mais fortes, vacinas disponíveis para todo o púbico adulto e queda no índice de mortes por covid-19, há, ainda, aqueles que recusam o imunizante.
No cenário em que há a dose adicional disponível para todos os maiores de 18 anos, dados do Governo do Estado de São Paulo apontam 4,1 milhões de pessoas que não retornaram ao local de aplicação para tomar a segunda dose da vacina. A faixa etária entre 20 e 29 anos domina o maior número desse público, atingindo a marca de 1,4 milhão de pessoas. Falta de tempo, sintomas de reações adversas, fake news e apoio ao atual governo estão entre os motivos da rejeição.
Para Jéssica Cardoso, cabelereira e manicure, a vacina faz parte de um esquema de manipulação, para quebra de sistema. “Elas não garantem nenhuma imunização, a vacina é o vírus que no futuro só nos apresentará consequências”, justifica.
Jessica menciona, inclusive, que o índice de mortes enfatiza a base de sua convicção e que o passaporte só deveria ser exigido a partir do momento em que forem assegurados 100% de eficácia do imunizante.
Apesar do veto ao Projeto de Lei 149/21, que visa a dispensa do funcionário por justa causa, as medidas de restrições estão consolidadas e empresas adotando medidas rigorosas, tal como advertências e as temidas demissões.
Mas, para a gerente da clínica de estética corporal Deise Vânia Silva, o comércio não pode parar. “Não tomei a vacina por falta de tempo e medo das reações. Não posso deixar de trabalhar. Como líder e prestadora de serviços, muitas pessoas dependem de mim, nesse momento não é possível organizar os horários para me deslocar até um posto de vacinação”, explica.
Com o objetivo de estimular a aceitação e aplicação da segunda dose, o Governo de São Paulo, em parceria com as Prefeituras e Secretarias de Saúde, realizará, entre os dias 1º e 10 de dezembro, ações de reforço vacinal em 645 municípios do Estado.