Perfil Fotógrafos | Rafael Rodrigues

Perfil Biográfico Fotógrafos | Rafael Rodrigues
Por Rodrigo Cipriano | 3FN1 FTD 2022-2 
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O fotógrafo Rafael Rodrigues, que é baiano e tem 30 anos de idade, disse que no início era apenas uma diversão, um hobby, e que não almejava nada mais para frente. Essa paixão por fotografia se tornou trabalho e hoje com aproximadamente 12,5 mil seguidores no instagram (@therafao) faz o que ama com maestria.

Rafael ou Rafão como gosta de ser chamado, conta que a fotografia chegou em sua vida de forma natural, tanto que quando ela chegou já sabia que aquele seria seu trabalho.Ele conta que tudo começou quando um amigo “Yuri Nóbrega”, que na época era Dj, o chamou para ajudar nos eventos que ele participava. Sua mãe na epoca tinha uma camera digital que ele aproveitou para registar o show dele. Logo ele pegou gosto na coisa, e começou gostar realmente da fotografia.Ele ficava admirado pela resposta de outras pessoas quando olham as fotos. Esse foi o seu contato real com a arte.

Sua mãe deu uma câmera semiprofissional e ele começou a colar nos eventos culturais da cidade (Camaçari – BA) para fotografar de graça mesmo, era uma forma de divulgar e mostrar que ele estava ali. Na mesma época, surgiu uma oportunidade de lançar um edital para expor na Bienal da Une (União Nacional dos Estudantes) em 2013 que seria em Recife. Acabou mandando esse edital e passou. Rafão conta que sempre foi muito conectado com a arte, mas nunca tinha produzido nada. Pinturas e desenhos sempre o fascinaram, só que nunca pensou em arriscar ou ao menos tentar. Mas bem antes disso tudo, a fotografia já o encantava de todas as formas.

Após passar no edital, foi o primeiro secundarista a passar em um edital de Artes Visuais da Bahia, ele expôs em um grande evento e a partir daí vieram os convites para trabalhar com cachê. Passados alguns meses, já se encontrava completamente envolvido com toda galera da cultura na cidade e todos já conheciam seu trabalho. Sua história se entrelaça com a da banda Afrocidade. “Fomos crescendo juntos”, lembra Rafão. Depois disso vieram Festival de Cultura e Arte pela Prefeitura de Camaçari, Camaforró e Festival de Arembepe por uma agência e diversos shows particulares em casas de shows em Camaçari e Salvador.

Rafão conta que gosta e se cobra bastante para que suas fotografias dialoguem com o ambiente e façam as pessoas se sentirem dentro daquela foto. Seu foco é tentar fazer a pessoa se concentrar o máximo que possa diante daquela imagem e que abra diversas interpretações sobre ela. Isso que o deixa feliz, motiva e incentiva. 

A resposta das pessoas contando seus casos e visões sobre aquela foto é algo inexplicável. “Esse é meu objetivo maior. Causar essa dúvida, trazer esse sentimento e mostrar que uma imagem é capaz sim de transformar diversas opiniões. Fazer aquele momento que parece ser simples para alguns, um ato transformador, imenso, e que se observarmos um pouquinho do que acontece em nossa volta, é tudo arte”, completa.