Perfil Fotógrafos | Nathália Haucke

Tinha decido se especializar em fotografia fashion e sensual, mas sentia que faltava algo, queria levar consigo toda sua bagagem artística para unir suas duas paixões, teatro e fotografia. Começou a fazer o que mais queria, fazer autorretratos na sua casa com o que tinha do seu acervo de atriz, nessa época de transição muitas pessoas pararam de seguir ela, em contrapartida, muitas pessoas começaram a acompanhá-la. Começou a fazer vídeos para internet mostrando o seu trabalho, onde o público cresceu e até deu entrevista para a TV. Hoje tem o próprio estúdio, um acervo de produção incrível e clientes que chegam do Brasil inteiro.

Não faz da parte de sua ética interferir na autoria do trabalho de outras pessoas mesmo com a autorização dela, pois ela participa de todo o processo artístico para garantir a qualidade do resultado, seu trabalho é único, pois apenas ela pode fazer. Usa a câmera Nikon D7000 com as lentes 35mm,50mm 1.4 ou 80mm 1.4 mas atualmente está pensando em migrar para uma mirrorless da Sony e 3 flashes, sempre que há luz natural, ela prefere a luz, mas, o flash a possibilita de criar o que ela quiser, e usa também o photoshop para suas edições. Ela se inspira muito em artes do Pinterest, mas a maior parte da inspiração dela vem da bagagem cultural como: obras literárias, pinturas, pecas de teatro, filmes, series, revistas e musicais com informes históricos como O fantasma da ópera e Les Miserables.

Seu primeiro contato com a fotografia foi para divulgar seus trabalhos artísticos, onde sua paixão não coube apenas em fazer autorretratos, e começou a fazer artes de outras pessoas. Teve como inspiração as fotografas: Rebeca Saray, Irina Oreshina e Rekii Fotografie. Uma experiência profissional que teve com um de seus clientes foi que chegaram para fazer um orçamento de um ensaio fotográfico medial de casal como vikings, mas como a cliente era vegana tinha o questionamento se as peças do ensaio seriam em couro verdadeiro ou sintético; como a Nathalia sempre tenta trazer o mais realista possível nas suas obras disse que tinha peças em couro mas que também tinham algumas sintéticas, com isso a cliente começou a fazer xingamentos e ofensas pois não acreditava que a fotógrafa “explorava animais”, a profissional por outro lado tentou fazer com que a cliente repensasse sobre fazer outro tipo de ensaio já que as condutas e cultura viking é assim (caças,sacrifícios para os deuses e muito consumo de carne animal tanto nas vestimentas como na alimentação

Os conselhos que ela passa e também dicas são: “Para quem quer começar algo novo, o segredo é começar e nunca mais parar, tirar criatividade do que ouvimos, sentimos, pensamos, vimos, tudo o que produzimos artisticamente, é resultado de nossa bagagem cultural. Para podermos ter boas ideias, é importante que a gente se muna de boas referências artísticas, então filmes, series, livros, teatro, tudo o que for arte, eu consumo sem moderação. Outra dica é, descanse a mente, pois não é o só o corpo que se cansa, muito da parte criativa acontece no ócio não é à toa que as nossas melhores ideias surgem quando estamos descansados, como, por exemplo: no banheiro, no banho, ou antes, de dormir, etc. não vão nessa de que ira lembrar depois da ideia porque não vai lembrar, por isso sempre anote suas ideias, pois talvez ate tenha alguma coisa a mais que você pode implementar nessa ideia, não necessariamente ela já vem pronta, você pode ler a qualquer momento, com outra inspiração ou pelo menos quando você estiver descansado”.