Perfil Biográfico Fotógrafos | Marcelo Costa
Por Giulia Malafaia Costa | 3FM1 FTI 2023-2
7543 caracteres
O fotógrafo Marcelo Costa nasceu em 28 de novembro de 1974, na cidade de Santos-SP no litoral sul paulista. Durante sua infância, ele não teve muito o contato com a fotografiapor ser um menino levado que pensava apenas em jogar bola e em surfar. Deixava sua mãe de cabelos em pé, sempre inventando coisas mirabolantes para fazer. Desde sempre foi uma criança muito criativa. Para ele, não precisa pensar demais quando se tratade inventar e criar ideias novas, e ideias boas; pois independente de onde estava, para ele era fácil se adaptar e desenrolar coisas momentâneas.
Foi durante a fase da faculdade, onde começaram a surgir as dúvidas sobre o que realmente cursar. Havia muito á que pensar, porém o custo e o percurso sempre pesam mais no papel. Todavia, pensando em sua paixão, que são os esportes, Marcelo cursou Educação Física pela Unaerp Guarujá. Mas, como dito, ele sempre foi uma pessoa que gosta de inovações e que sabe se adaptar, e contando com as informações da época, onde tratava-se de que o mercado imobiliário estava em alta, ele resolveu cursar o TTI, Curso Técnico de Transações Imobiliárias, onde atua até hoje na área.
Contudo, ao longo dos anos, sua paixão por registrar momentos vindo de sua visão, começou a aflorar. Quando resolveu comprar sua primeira câmera profissional, e suas quatro lentes removíveis. E em 2018, Marcelo fez uma viagem para Argentina onde colocou para valer suas técnicas em prática. Andava com sua câmera pendura pelo pescoço à todo lado. Tirava fotos de tudo, das pessoas pelas ruas, das paisagens, sua família, e claro os lugares onde iam.
E foi quando ele resolveu unir o útil e o agradável. Aos testes, começou a levar sua câmera ao trabalho, e como se viu diante de muito trabalho, ele pensou na possibilidade de começar a tirar as fotos dos apartamentos e casas para postar no site da empresa por conta própria. Como para ele tudo era novo, as pesquisas se tornaram cada vez mais contantes no ramo da fotografia. Pesquisava sobre como tirar a foto perfeita, como tirar as fotos mais espontâneas, quais são as melhores lentes e iluminação para determinada situação, e por aí vai. Sendo uma pessoa intensa, apenas isso se passava na mente dele, e como sempre levou como um hobby, sempre foi leve e divertido.
Durante a tirada de fotografias dos apartamentos, ele se adaptou melhor com três lentes em especifico, a EP-S 10-18 mm da Canon, que seria a grande angular, que ajuda a dar mais abertura na imagem e excepcional para tirar fotos de apartamentos menores, a 75-300mm que é melhor para dar zoom nas imagens de casas mais longes e a EP-S 18-55mm que seria a mais tradicional. A seguir ao longo do formulário, terá as perguntas feitas durante a entrevista e as respostas obtidas pelo fotografo.
Giulia Malafaia – Como e quando começou o seu interesse por fotografia?
Marcelo Costa – “Meu interesse começou devido a demanda de apartamentos que começaram a aparecer. E na época nós já tínhamos alguém que contratávamos para tirar essas fotos dos apartamentos, mas esse cara começou a não dar conta, porquê eram muitos apartamentos pra tirar as fotos e não podia atrasar. E mesmo as fotos que já tínhamos, eu não sentia uma certa conexão com elas, como se eu não conhecesse aquele produto que eu mesmo ia vender. E como naquela fase eu estava bem interessado na fotografia eu pensei em eu mesmo tirar as fotos pra mim, com a minha visão, do meu jeito. E foi onde as pessoas começaram a gostar daquele modo que eu tirava as fotos, e gravava alguns vídeos também, e começaram a me procurar, a me pagarem pra tirar as fotos para elas. Foi onde eu vi que aquele hobby, aquele lazer podia me ajudar em algo a mais.”
GM – Como foi o seu primeiro trabalho como fotografo?
MC – “Sinceramente foi horrível. Eu achava que sabia como funcionava tudo mas a verdade era que eu só achava mesmo. Uma das coisas que aconteceram no dia, foi que eu acabei colocando a câmera no modo automático, e quando vi, eu tinha tirado mais de 100 fotos. E das 100 que eu tinha, não gostei de nenhuma. Achei que elas estavam ‘impublicáveis’, e não tinha como eu mandar aquilo para a cliente. Aí eu tive que enrolar a moça. Falei que no dia que eu tinha ido tirar a foto estava nublado e que não tinha dado certo. Inclusive essa é uma das maiores dicas que eu dou. Se quer tirar fotos de casas, apartamentos, vá em dia de sol. Se tiver nublado nem saia de casa, porquê a melhor iluminação para isso é a do dia. Mas enfim, sobre aquele trabalho eu tive que voltar ao apartamento da mulher num outro dia e refazer as fotos.”
GM – Qual é o seu kit /equipamento de trabalho? (câmera, lentes, iluminação, etc).
MC – “A câmera que eu uso é a Canon 7D e mais umas 4 lentes. E quanto a iluminação eu não uso nenhum equipamento. Nos meus trabalhos eu produzo e entrego apenas com o uso da luz solar.”
GM – Qual foi a sua primeira câmera?
“Minha primeira câmera foi uma Canon IOS Rebel T6I.”
GM – Qual a sua área de atuação?
MC – “Atualmente eu trabalho como corretor em si e com a fotografia na corretagem também. No momento não pretendo mudar meu ramo pois me encontro-me obtendo bastante sucesso e está sendo algo que eu goste.”
GM – Qual é o seu nicho preferido da fotografia?
MC – “O que eu gosto de fotografar é esporte. Gosto de tirar foto de futebol, de surf, de ciclistas, isso que eu gosto. Mas o meu ramo profissional é imóveis.”
GM – Quais os desafios que você acredita ter o profissional de fotografia pela frente na atualidade?
MC – “Um grande desafio agora, é fazer com que os profissionais sejam valorizados. Por conta dessa inteligência artificial aí, muita gente vai perder o mercado. Porquê hoje você consegue recriar uma foto inteira. Então não sei se isso vai ser uma ferramenta de ajuda profissional ou se vai ser de alguma forma um rival.”
GM – Qual o seu critério para a escolhas das fotos postadas em seu perfil online?
MC – “Então, o meu critério é que a foto tem que se comunicar com o cliente. Então eu vejo a luz, vejo o ângulo, as cores, porquê é isso que vai influenciar o cliente a parar pra ver a sua foto. Se o cliente vê uma foto ‘clean’ ou com um espaço bacana, bonito, colorido, com uma boa luminosidade, ele vai parar pra se imaginar naquela foto, naquele ambiente. E é isso o que vende.”
GM – Você acredita que a inteligência artificial mais ajuda ou mais atrapalha os profissionais de fotografia?
MC – “Acabei respondendo essa pergunta em outra questão mas isso é uma grande dúvida que eu tenho. No meu ramo, do qual eu não vivo apenas da fotografia, eu acho que pode até ajudar. Mas pra quem vive estritamente da fotografia eu acho que talvez possa atrapalhar.”
GM – Qual o seu conselho para quem quer começar nessa carreira?
MC – “O meu conselho é não tenha medo. Compre uma câmera e seja livre. Fotografe o que você vê, o que você gosta. Dê o teu ângulo para aquela foto e eternize aquele momento. Vá em frente. Sendo na profissão da fotografia, ou se quiser apenas por hobby mesmo, é maravilhoso daqui a dez anos você lembrar de uma foto que você tirou e essa foto nunca ficar ultrapassada. Sempre vai ficar atual porquê é a tua visão daquela paisagem ou ambiente. Que nem por exemplo, as vezes você tira foto de um lugar, e aí constroem um prédio ou se é feito alguma mudança naquele local, e você tendo uma foto do antes, isso aí vai valer a pena para todo mundo que tem a curiosidade de saber ‘como será que era antes?’. Então é isso aí, vá ser feliz.”
Instagram:
https://www.instagram.com/marcelo.consultorimobiliario