Perfil Fotógrafos | José Luiz Borges

| Perfil Biográfico Fotógrafo | José Luiz Lopes Borges
| Por Pedro Marques Caldeira da Silva | 5FN1 FTI 2024-2
| 4157 caracteres

Quando começou o seu interesse por fotografia?
Começou bem novo, meu pai era fotografo, na minha casa tinha laboratório fotográfico, vivia nesse universo, mas o que despertou a vontade foi ver as fotos de um vizinho, o Wilson Mello, no extinto Jornal Cidade de Santos, eu achava fantástico, a história sendo contada pela ótica dele, foi aí que decidi ser Repórter Fotográfico. Mas a vida dá muitas voltas, meu pai achava que a fotografia não dava dinheiro e queria que eu fizesse outra coisa, comecei a trabalhar com 15 anos, passei por várias profissões até que em 2003 fiquei exclusivamente vivendo de fotografia, na função de repórter fotográfico.

O que influenciou você na fotografia? Inspirações, pessoas, filmes, mercado etc.
Meu pai, apesar de não me incentivar, com certeza foi, e é a minha maior inspiração, o Wilson Mello, esses deram o ponta pé, aí com o tempo vieram outros, a maioria no fotojornalismo, Orlando Brito, Jorge Araújo, Walter Firmo, Walter Carvalho, hoje gosto muito do olhar da Gabriela Biló.

Como e/ou onde você começou a sua carreira?
Tinha um trabalho e fotografava amadoristicamente, sempre tentando entrar no fotojornalismo, ainda na época do filme, eu era protético, tinha um laboratório de prótese, meu pai morreu em 2002, em 2003 vendi todo meu laboratório e comprei equipamento digital, que eram caros e pouco usados ainda, comecei a oferecer meu trabalho mesmo que de graça, para ter alguma experiencia área, foi ai que o Gino Pasquato me deu a primeira oportunidade na fotografia de casamentos, e me pagou. (rs). Em 2005 consegui tirar meu MTB que é um registro no ministério do trabalho, como Jornalista, na função de repórter fotográfico, daí pra frente comecei a bater de porta em porta procurando oportunidades.

Comecei a trabalhar para uma agência de SP, cobrindo futebol, acidentes, movimento de estradas e tudo relativo ao jornalismo, fiz assessoria de imprensa para alguns lugares entre eles o casa Grande Hotel, em 2006 comecei a prestar serviço para a TV Tribuna, foram 12 anos, em 2018 comecei a fazer as colunas sociais do Jornal a Tribuna, passei pela Revista Mais Santos e hoje estou no departamento de Comunicação do CAMPS e na coluna social do Jornal da Orla. Sempre conciliando, com outros trabalhos freelances, faço muitos trabalhos corporativos, atendendo várias empresas de grande porte, eventos esportivos, de publicidade e eventos sociais.

Possui alguma formação técnica ou acadêmica na área da fotografia?
Não, o meu aprendizado foi por osmose…rs… mas no decorrer da carreira fiz alguns cursos para aperfeiçoar a técnica, como iluminação de estúdio, linguagem fotográfica, pacote Adobe

Qual o equipamento de trabalho utiliza?
Câmera CANON 5D Mark IV, lentes 24-70 f/2.8- 70-200 f/2.8 e uma 15 mm f/2.8

Qual a sua área de atuação?
Hoje além do meu trabalho no CAMPS, fotografia corporativa, esportiva, social e de publicidade

Quais os desafios que você acredita que o profissional de fotografia pode ter pela frente na atualidade?
Hoje com equipamentos mais acessíveis, a maior dificuldade e consegui um espaço no mercado que é muito concorrido, as redes sociais ajudam muito para que as pessoas conheçam seu trabalho, aí a dificuldade é com valores a serem cobrados, há uma concorrência desleal, mas com o tempo e com trabalho todo mundo pode se consolidar e cobrar o valor adequado para o seu trabalho.

Tem alguma dica para alguém que tem interesse em começar uma carreira?
Nunca desistir, e não deixar que outras pessoas digam que você não pode ou não deve.

O que a fotografia significa para você?
Tudo. Tudo que tenho foi a fotografia que meu deu, mas a maior motivação é poder “congelar o tempo”, colaborar para a mudança de uma situação ou de uma região, colaborar mostrando as injustiças, e nos casos mais cotidianos, eternizar momentos felizes, contar muitas histórias sob a minha visão que ficarão guardadas para sempre. Uma vez o então governador Geraldo Alckimin me disse, “Sem o fotojornalista não há história”!

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