| Perfil Biográfico Fotógrafos | Ryan Strack
| Por Mônica Ayumi Rebecci Hirata | 5FN FTI 2022-2
| 5170 caracteres
Fotógrafo entrevistado é Ryan Strack, de 22 anos que atualmente trabalha na Escolamarte (São Paulo), a mesma escola onde estudou fotografia.
Monica Ayumi: Que Fez Você Começar a Estudar Fotografia?
Ryan Strack: Minha jornada na fotografia começou através do cinema. Após concluir o ensino médio, eu me via em um dilema comum a muitos jovens: a insegurança sobre o futuro e a escolha profissional.
Ao contrário de alguns conhecidos que optaram por entrar em faculdades apenas para desistir após um ou dois anos, eu tinha a firme determinação de encontrar algo que realmente me interessasse e que pudesse me trazer satisfação.
Assim, decidi me matricular em um curso de cinema. Durante esse curso, comecei a perceber que, entre todas as disciplinas e atividades que meeram apresentadas, era a fotografia e a edição de vídeo que realmente capturavam minha atenção. Essa revelação foi um ponto de virada na minha vida, pois percebi que o que eu realmente queria era contar histórias através de imagens, explorar a beleza e a complexidade do mundo ao meu redor e, assim, despertar emoções nas pessoas.
Quando Começou?
O verdadeiro início da minha jornada na fotografia se deu no início de 2022, mas o interesse por essa arte já vinha se formando em mim desde os meus 13 anos. Nessa época, meu fascínio por tecnologia começou a florescer, especialmente com smartphone e câmeras. Eu passava horas assistindo a tutorial na internet, aprendendo como melhorar minhas fotos com o celular.
Aquela curiosidade e sede de conhecimento foram o que me impulsionaram a buscar uma formação mais estruturada, dando o próximo passo para me tornar um fotógrafo de verdade.
Onde estudou? Como Foi o Seu Percurso Acadêmico?
Decidi me aprofundar em meus estudos na Escola Marte. Essa escola me ofereceu um ambiente estimulante, cercado por pessoas que compartilham a mesma paixão. O aprendizado foi intenso, com aulas práticas e teóricas que me proporcionaram uma base sólida em técnicas fotográficas, composição e edição.
Meu percurso acadêmico foi, sem dúvida, uma experiência desafiadora. Iniciei meus estudos em Curitiba enquanto ainda morava em Castro, uma cidade que fica a cerca de duas horas e meia de ônibus. Essa rotina exigia uma determinação considerável, pois eu fazia essa viagem toda semana para assistir às aulas. Entretanto, essa dificuldade também se transformou em uma oportunidade decrescimento. Após algum tempo, consegui um emprego na área em Curitiba, o que me permitiu me manter financeiramente.
Onde a fotografia já conseguiu te levar?
A fotografia me levou a lugares que eu nunca imaginei que chegaria, muito além das minhas expectativas iniciais. Aos 19 anos, já havia conquistado uma certa independência, deixando a casada minha mãe para buscar meus próprios caminhos. A vida me apresentou oportunidades incríveis, como a participação em um longa-metragem e, logo depois, em um curta-metragem.
Além disso, tive a chance de trabalhar como fotógrafo em uma das maiores empresas de jóias do sul do Brasil. Essa experiência não apenas ampliou meu portfólio, mas também me proporcionou conexões valiosas, incluindo a oportunidade de conhecer minha atual namorada. A fotografia se tornou uma ponte que me conectou a experiências e pessoas que moldaram minha vida de maneira que eu jamais poderia prever.
O Que Gosta de Fotografar?
Quando se trata de fotografia, a verdade é que eu não tenho limites. Gosto de explorar diversos temas e estilos, mas alguns se destacam. Retratos, especialmente aqueles com um toque mais “sombrio”, estão definitivamente entre os meus favoritos. Essa abordagem me permite explorar emoções e contar histórias profundas através da expressão facial e da iluminação.
Além disso, descobri uma paixão pela macrofotografia, que me fascina ao revelar detalhes intrincado de pequenos seres, como insetos e flores. Cada clique revela um mundo que muitas vezes passa despercebido, e isso é algo que me encanta profundamente.
Já teve alguma dificuldade com criatividade ou a alguma outra coisa?
Assim como muitos fotógrafos, eu enfrentei desafios ao começar minha jornada, especialmente em relação à criatividade. Uma dificuldade comum entre aqueles que estão iniciando é a incerteza sobre “qual é o meu estilo?” Esse questionamento pode ser angustiante, levando muitos a experimentar edições e composições que, por vezes, não são tão agradáveis aos olhos.
Essa fase de exploração é crucial, pois me permitiu entender melhor as ferramentas de edição e o que realmente ressoava com a minha visão. Pessoalmente, considero que minha maior dificuldade reside na direção em situações de improviso. Quando não tenho referências ou um plano claro antes de fotografar, sinto que posso ficar um pouco perdido.
No entanto, essa incerteza também se transforma em uma oportunidade de aprendizado. A fotografia é uma arte que exige adaptação e criatividade, e ao enfrentar esses desafios, aprendi a confiar mais na minha intuição e no meu olhar artístico.