Na segunda (21) o Brasil acordou com uma notícia que provocou uma onda de comoção global. Reconhecido por seu perfil humilde e por pautas progressistas, o pontífice argentino, Papa Francisco, havia falecido mas deixou um legado que vai além dos muros do Vaticano.
O Papa é o líder máximo da Igreja Católica e também o chefe de Estado do Vaticano. Ele é considerado o sucessor de São Pedro, um dos apóstolos de Jesus, e exerce autoridade espiritual sobre mais de um bilhão de católicos no mundo todo. Sua função principal é guiar a doutrina da Igreja, ou seja, interpretar e preservar os ensinamentos religiosos, além de tomar decisões sobre questões éticas, morais e sociais.
O Papa Francisco, eleito em 2013, foi um pontífice marcante por diversos motivos. Em sua trajetória de 13 anos no cargo, foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo, trazendo uma nova perspectiva ao Vaticano. Seu grande diferencial foi a simplicidade: optou por uma vida humilde, evitou os luxos tradicionais e mostrou-se próximo das pessoas comuns. Francisco ficou conhecido por seu discurso inclusivo, defendendo uma Igreja mais aberta e acolhedora, especialmente em relação a grupos antes marginalizados, como os divorciados e a comunidade LGBTQIAPN+. Também se destacou por sua firme posição em defesa do meio ambiente e por denunciar as desigualdades sociais e econômicas no mundo.
. “Admirava a forma como ele tratava temas delicados com humanidade. Ele representava uma liderança moral, mesmo para quem não é católico”, comentou Ana Beatriz, aluna de Direito da ESAMC Santos.
Após o falecimento do Papa Francisco, o Vaticano entrou em um período formalmente denominado “sede vacante”, que marca a vacância da Santa Sé até a eleição de um novo Papa. Durante esse período, a administração da Igreja Católica é temporariamente confiada ao Colégio Cardinalício, sob a supervisão do cardeal camerlengo, que assume funções administrativas e protocolares essenciais . O conclave para eleger o novo Papa está agendado para iniciar em 7 de maio de 2025. Este evento será realizado na Capela Sistina, onde 135 cardeais com menos de 80 anos votarão em segredo para escolher o 267º Papa da Igreja Católica. Para que um candidato seja eleito, é necessário obter dois terços dos votos. O processo é acompanhado por um ritual simbólico: a emissão de fumaça branca indica a eleição de um novo Papa, enquanto a fumaça preta sinaliza que ainda não houve consenso .
“A morte do Papa e a escolha do próximo líder do Vaticano têm impacto global, não só religioso, mas também político e econômico. O Papa tem influência em temas como migração e justiça social, que afetam acordos internacionais e até o comércio entre países. Por isso, o mundo todo observa essa transição de perto.” Destaca Lucas Oliveira, aluno de Comércio Exterior.
Católica praticante, Luan Guerato, aluno de Jornalismo, acompanha de perto os desdobramentos no Vaticano. “Ele trouxe uma renovação, especialmente com seu olhar mais inclusivo. Torço para que o próximo Papa siga essa linha e não haja retrocessos.”
A Praça de São Pedro agora silencia em luto, enquanto o mundo observa os próximos passos da Igreja Católica. A morte de Francisco encerra uma era marcada por empatia, simplicidade e coragem para enfrentar velhas estruturas, uma perda sentida até mesmo por quem não segue a fé católica.