Perfil Fotógrafos  | Yara Tomei

Perfil Biográfico Fotógrafos  | Yara Tomei
Por Carolina Aiex de Mattos | 3FM1 FT1 2023-2
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Os retratos, em especial os corporativos, são o carro-chefe da fotógrafa Yara Tomei, que há cinco anos trabalha com esse nicho e já se tornou referência na região da baixada santista. Assim como outros meios de publicidade hoje em dia, os retratos corporativos servem de chamariz para pequenas empresas, profissionais liberais e autônomos divulgarem seus serviços na internet e nas redes sociais. 

Assemelham-se em propósito e estética aos retratos de grandes artistas como Leonardo da Vinci e Velazquez e visam seduzir o potencial cliente ao mesmo tempo em que promovem seus serviços através de imagens claras, limpas e com aspecto profissional. Podemos entender a fotografia de retrato como a continuidade de uma tradição que começou há séculos na Europa e que se mantém atual e muito presente na conjuntura econômica contemporânea. Em entrevista, Yara comenta sobre sua carreira e trabalho.

Carolina Aiex. Como e quando começou o seu interesse por fotografia?

Yara Tomei. Começou mais propriamente em 2010, no final da faculdade de comunicação, quando tive aula de fotografia. Mas acredito que ele sempre esteve na minha vida, pois meu pai sempre gostou de registrar os nossos momentos em família e sempre tivemos câmera fotográfica em casa. A gente saía para as viagens ou até momentos mais familiares e ele sempre levava a câmera para fazer fotos. Depois, mais adulta, é que aumentou o meu interesse por causa das aulas na faculdade. Aí fiz um curso de fotografia básica na Oficina Pagu do Estado de São Paulo e depois desse curso meu pai comprou uma câmera semi-profissional pra mim. Dalí, comecei a fotografar por hobby enquanto eu levava minha profissão. No final de 2018, depois que fui desligada da empresa onde eu trabalhava, decidi empreender no ramo da fotografia.

C. Qual é a sua formação?

Y. Sou formada em Comunicação Social – Relações Públicas, com pós-graduação em marketing.

C. Qual é o seu kit/equipamento de trabalho?

Y. Tenho duas câmeras da Nikon (D750 / D7100) e objetivas 50mm, 85mm, 35mm, 28mm e 18-105mm. Dois flashes speedlights godox tt685n e uma tocha godox AD300pro. Também tenho dois tripés, um softbox 60x60cm e uma sombrinha translúcida, além de acessórios como cartões de memória, baterias extras para a câmera, flashes e rádio transmissor. No estúdio onde eu atendo há mais equipamentos, mas são do estúdio.

C. Qual é a sua área de atuação?

Y. Sou especialista em retrato, mais especificamente, corporativo.

C.  Por que você optou por essa área?

Y. Com os retratos podemos captar a essência das pessoas e mostrar o seu potencial. A fotografia é sempre sobre quem está fotografando também, cada fotógrafo tem um estilo. Eu percebo que consigo imprimir um estilo nas minhas fotos. Foquei também no nicho de retrato porque eu não queria ficar dependendo de ter eventos para fotografar. Com o ensaio, é possível trabalhar em outros dias e você acaba podendo fazer os retratos em qualquer lugar, na casa das pessoas, no estúdio, enfim, em qualquer lugar. 

C. Como foi se posicionar e chegar a ter o seu espaço no mercado da fotografia?

Y. Estou há quase 5 anos no mercado de fotografia. Como todo início, testei alguns

mercados até decidir nichar. No começo, eu queria fotografar casamento, mas já existiam muitos fotógrafos de casamento no mercado cobrando um valor interessante. Então, pensei que seria mais difícil atingir o nível de faturamento que eu queria. Logo em seguida, veio a pandemia, o que tornou tudo ainda mais complicado. Então, decidi partir para o mercado corporativo, pois havia poucos fotógrafos aqui na região. Entrei em um grupo de networking empresarial e comecei a fazer meu portfólio lá. Assim, as coisas foram acontecendo. Eu fui conhecendo outras pessoas, divulgando meu trabalho com a ajuda da internet e me tornando conhecida no mercado pela qualidade da minha entrega.

C.  Quais os desafios que acredita ter o profissional de fotografia na atualidade e no futuro?

Y. Acredito que a baixa barreira de entrada no início, o avanço de algumas

tecnologias artificiais, a dificuldade de desenvolver um pensamento empresarial para tornar o negócio sempre mais rentável e durável e o desenvolvimento de um pensamento sempre resiliente são os maiores desafios. Não querer desistir diante das dificuldades no caminho é o primeiro passo para o negócio dar certo.

C. Qual o seu conselho para quem quer começar nessa carreira?

Y. Se você quer mesmo, não desista! Mesmo quando as coisas ficarem difíceis. É uma profissão com baixa barreira de entrada, então você precisa ter resiliência e criar um diferencial no seu trabalho. Definir um nicho ajuda bastante também. Fazer networking é primordial. Fazer parcerias também é muito interessante. Estudar muito o mercado que você quer atuar, estudar sobre fotografia e estudar muito sobre empreendedorismo. Depois de um tempo, você precisa se tornar um empresário de verdade.

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