Perfil Fotógrafos | Bob Wolfenson

Perfil Fotógrafos | Bob Wolfenson
Por Vitoria Nascimento Freitas – FPP 2018-2

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Nascido em São Paulo no ano de 1954, Roberto Wolfenson ou “Bob” como é conhecido, iniciou sua carreira aos dezesseis anos de idade como assistente de fotografia na Editora Abril, por lá ficou durante quatro anos, saindo em 1974 onde passou a trabalhar como freelancer fazendo algumas revistas mais técnicas para a própria editora Abril.

 

Após esse período, onde estava trabalhando de forma mais autônoma, Bob iniciou seus estudos na área de ciências sociais pela USP e ao mesmo tempo montou seu primeiro estúdio de fotografia. No ano de 1982, Wolfenson iniciou uma nova jornada em sua vida e foi para os Estados Unidos ser assistente do fotógrafo Bill King que trabalhava com fotografia de moda.

 

Em seu retorno ao Brasil, Bob deu um novo rumo a sua carreira quando começou a trabalhar para revistas de diversas moda onde ganhou muito espaço e começou a ser reconhecido por grandes empresas, além das revistas de moda começou a fotografar para a PlayBoy, e no ano de 1885 foi onde iniciou sua consagração na fotografia.

 

Apesar de tudo, sua consagração completa só ocorreu em 1996 quando lançou seu livro intitulado de “Jardim da luz” e fez uma exposição com o mesmo nome no Museus de Arte de São Paulo (MASP). A partir desse momento a carreira de Bob decolou, fazendo ao longo dos anos, diversas exposições e marcando o cenário da fotografia brasileira, deixando suas fotos espalhadas por diversas coleções, museus entre outras instituições de arte. Devido ao seu histórico, Bob é conhecido por ter trabalhos nos mais diversos gêneros da fotografia, se tornou referência nacional principalmente como um dos melhores retratistas brasileiros de corpos nus e de fotografias de moda.

 

Atualmente Wolfenson é considerado um dos melhores fotógrafos da América Latina muito disso pelo fato de ele ter se mostrado ao longo dos anos uma pessoa que gosta de transitar principalmente entre seus projetos artísticos e as fotografias para publicidade, por essas questões suas fotografias ganharam muito destaque ao longo dos anos e foram expostas em instituições muito importantes no Brasil, sendo elas o Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP), Centro Cultural Maria Antônia e também se faz presente na Galeria Millan, que representa suas fotografias desde 2004.

 

Concomitantemente a jornada Fotográfica, no ano de 2002, Bob teve a ideia de se associar a uma gráfica chamada “Litokromia” e também aos designers Hélio Rosas e Roberto Cipolla, juntos fundaram a revista S/N (lê-se Sem Nome) que é uma revista que sucede da extinta 55. No mesmo ano da Co-criação da revista, Bob lançou a exposição de “Moda no Brasil por Brasileiros” em parceria com Paulo Borges, exposição essa que ocorreu no pavilhão da Bienal do São Paulo Fashion Week, um dos principais eventos de Moda do país e do mundo.

 

Ao longo dos anos Bob ganhou diversos prêmios dentro do âmbito artístico, sendo o primeiro no ano de 2004 quando ganha o primeiro prêmio da Fundação Conrado Wessel Prêmio esse que é concedido exclusivamente para fotógrafos que trabalham com fotografias publicitárias, a fotografia que lhe rendeu esse prêmio foi para uma propaganda na Campanha da Grendene, que tem como participação especial a modelo Gisele Bündchen.

 

Daí em diante Bob só mostrou o porquê é um expoente no mundo da fotografia e principalmente um expoente da fotografia publicitária brasileira, realizando diversas exposições nos maiores centros culturais e espaços destinados a moda e a fotografia.

 

Umas das principais exposições realizadas por ele, teve sua inauguração no ano de 2018, chamada “Retratos” e com uma excelente curadoria de Rodrigo Vilela, a exposição marca e traz as principais fotografias dos seus 50 anos de carreira, exposição essa que foi uma das mais aclamadas pelo público e pelos críticos, pelo fato de trazer uma das mais preciosas e históricas fotografias de toda sua carreira, devido ao tamanho sucesso dessa amostra produzida por Bob, no ano de 2020 o projeto “Retratos” passou a ter posse do Museu de de Fotografia de Fortaleza.

 

Desde então, Bob Wolfenson vem se dedicando cada vez mais aos seus projetos pessoais e buscando cada vez mais mostrar sua essência, classe e principalmente experiência no que faz.