Perfil Fotógrafos | Margaret Bourke-White

Perfil Fotógrafos | Margaret Bourke-White
Por Quitéria Ataíde | 2018-2
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Margaret Bourke-White foi uma mulher importante e pioneira em vários momentos da história da fotografia. Fotógrafa, nascida em Nova York no Bronx, em 14 de Junho de 1904, por influência de seu pai Joseph White aos 8 anos de idade começou a imitá-lo brincando de fotografar com uma caixa vazia de cigarros (alguns dizem que era de charutos) ajudando-o na revelação das imagens que ele fotografava.

 
Sua carreira na fotografia se iniciou com a montagem do seu próprio estúdio em seu apartamento, onde fotografava jardins, casas durante o dia, o que lhe rendia dinheiro. No tempo livre que tinha, fotografava usinas, linhas de montagens, prédios fabris, fotografias voltadas para a indústria que eram imagens que ela gostava de fazer, com esses trabalhos chamou a atenção de industriais Cleveland, onde produziu trabalhos que lhe rendeu dinheiro suficiente para trocar de estúdio.
 
Seu primeiro grande trabalho foi para a revista Fortune (1929) como fotógrafa e em 1930 com a sua ida até a União Soviética tornou-se a primeira repórter estrangeira a ter autorização para fotografar as instalações Industriais Soviéticas na revolução industrial. Em 1936 foi uma das fundadoras da revista Life onde se tornou a primeira fotojornalista da história fazendo a capa da barragem de Fort Peck o que foi um ícone dos anos 30 do século passado.
 
Como correspondente fotográfica de guerra da revista Life, Margaret na segunda guerra mundial foi a primeira mulher de sempre a trabalhar como correspondente em zonas de combate, conseguindo estar no front da batalha fotografando os cenários das guerras de forma impressionante os campos de extermínio nazista, ela fotografou desde os mortos nos campos de concentração a líderes, chegou a voar nos bombardeiros americanos durante os ataques para registrar as imagens da destruição. Seu maior furo jornalístico foi quando voltou a Rússia em 1941, onde caíram as primeiras bombas em Moscovo, ela era a única fotografa estrangeira no local.
 
Houve outros episódios significativos na carreia de Bourke-White, como a sua ida a índia e ao Paquistão a fim de cobrir os países emergentes e a Índia estava passando por um momento de independência, conseguiu tirar várias fotografias do de Gandhy, ele sempre impunha duas condições para ser fotografado: nunca falar com ele e nunca usar luz artificial. Margareth Bourke- White convenceu Gandhi a usar 3 lâmpadas porque estava muito escuro. Três horas depois desta sessão fotográfica, Gandhi foi assassinado por um extremista hindu o que a tornou uma das últimas pessoas a fotografar Gandhi com vida. Também teve a sua ida a África do Sul, onde foi submetida mina de ouro perto Johannesburg, a uma profundidade de quase 1500 metros e sob calor intenso, para tirar uma fotografia de dois mineiros negros encharcados em suor.
Segundo o blog RevistaOld online, Margaret certa vez disse: “Nesta minha experiência, houve uma maravilha contínua: o timing de precisão que funciona através de tudo (…) por alguma graça especial do destino me foi depositado – como todos os bons fotógrafos gostam de estar – no lugar certo na hora certa.”
 
Depois de 1957, Margareth Bourke-White não podia continuar o seu trabalho para a Life devido ter a Doença de mal Parkinson, mesmo assim ela não se conformou e após realizar uma cirurgia experimental para minimizar os impactos da doença, a operação foi bem sucedida e voltou ao trabalho na Life, mas desta vez, como jornalista, escrevendo sobre a experiência que teve como o tratamento da doença, com ajuda de seu amigo e colega Alfred Eisentaedt, fez publicar uma história sobre o procedimento em que foi submetida, com isso alcançou grande popularidade. Em uma nova cirurgia começou a escrever a sua autobiografia, “Portrait of Myself”. Em 1971 foi hospitalizada e dia 21 de agosto do mesmo ano faleceu aos 67 anos.
 
 
Website
www.infopedia.pt/$margaret-bourke-white

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