Depois começou em sua formação em arquitetura e planejamento urbano na Universidade de Salvador, e ainda na Universidad Europea de Valencia (ESP), mas gradualmente se voltou para a fotografia, hoje em dia seu trabalho. “Hoje a fotografia é meu trabalho, e portanto é; está é a ferramenta que encontrei para possibilitar essa conexão bem mais profunda com as pessoas por toda a parte”, e salienta, que “Como qualquer outro tipo de arte, acho que a pintura é mais uma linguagem que transmite e ecoa, eu o vejo como uma ferramenta de gravação e de fala muito poderosa para a atualidade. “Não é só uma foto bonita, é política”.
O sentido da palavra moderno é diferente da palavra contemporâneo, uma vez que é empregada para fazer referência ao que é mais recente ao que está mais próximo de nós, ou ainda o que tem tendência a inovações ainda não consagradas pelo uso.Caroline ainda diz que: “Prefiro fotografar pessoas e, conseqüentemente, histórias. Ao fotografá-las, existe uma interação e conexão. Com isso, aprendo e sempre enxergo uma nova perspectiva da vida, prezo por esse intercâmbio de narrativas. Acredito que há uma grande potência nesses encontros”.
Com somente 21 anos Caroline, foi considerada, pela revista I-D, em março no ano de 2021, um dos mais promissores da fotografia, no cena brasileira. Justamente pelo seu modelo de fotografia, com um olhar, moderno que registra com suas lentes, com às vezes uma estética afro punk. A fotografa também participou, em 2021, de uma exposição, que ocorreu de forma remota, por motivo da quarentena, da bienal sobre mulheres que ativam a arte contemporânea no Brasil.
O movimento punk surgiu com ideais igualitários e de combate ao sistema, e pela pauta da comunidade negra da época, sendo importantíssimo para a quebra de paradigmas nos anos 1980. Um movimento cheio de Rebeldia, lutas sociais e arte. Ainda assim, as festas e shows eram predominantemente freqüentadas por pessoas brancas e a representatividade negra não encontrava seu espaço. Em meados dos anos 1990, cansado de ser excluído da cena, James Spooner e amantes do estilo, começaram um movimento que se traduz até hoje em música e muito estilo.
Apesar de seu pouco tempo de careira, comparada a outros fotógrafos no mercado, com vários anos de experiência, Caroline já participou de inúmeras campanhas de publicidade, trabalhando para marcas grandes, e importantes, tais como: Nike (para Copa do mundo da seleção Feminina, no ano de 2019), Olimpikus (com a cantora Iza), Netflix, Nubank, Beck’s, Gillette, Marie Claire (com a cantora Anitta, a atriz Pathy Dejesus, Valéria Rossatti e outros), Revista GQ Brasil (com Emicida e editoriais a parte) e também para a Revista Glamour Brasil (com a atriz Erika Januza).
No fim de 2020 Caroline fotografou e dirigiu um curta-metragem chamado “Areia”, sua estréia como diretora, e principalmente no mundo do cinema. Já em 2021, começou o ano, dirigindo e fotografando conteúdo para a Unilever, e MyMama, com seu olhar voltado para a linguagem artística. Sempre comenta o orgulho que tem de poder ocupar esses espaços que raramente se encontram mulheres.