Visita Técnica ao Sesc Santos

Por Anna Júlia Costa Araújo – FIC 2023-1

Esse relato será baseado na visitação do teatro do SESC Santos, visita guiada pelo profissional de iluminação Alexandre Amorim e o professor Cláudio Vitor Vaz. Gostaria de começar falando sobre a genialidade de manter a equipe de som ao centro da plateia, no “ponto zero”, facilitando a imersão do público ao distribuir de maneira igual o som de todo o espetáculo.
 
Apesar de teoricamente os equipamentos ali não “atrapalharem” a proposta do diretor, que queria passar a impressão de “coxia suja”, as luzes dos monitores constantemente tiravam a atenção do espetáculo, o que acabava causando uma quebra na sequência da história. Gostei muito da proposta de cores utilizadas, que compunham a história de maneira complementar, quase como se fosse possível “adivinhar” o clima da história através das cores escolhidas pela iluminação e cenário.
 
A utilização de luzes duras e direcionais por todo o palco também foi uma escolha acertada, já que, da minha perspectiva, ajudavam a criar uma intenção de importância em todo o ambiente do palco, todos os personagens eram importantes porque eles compunham um personagem muito maior, que era o período histórico e a luta a qual se referiam. A peça era de uma militância assertiva, sem nunca ser cansativa ou repetitiva, e que contava de forma prática os terríveis acontecimentos narrados, muito forte e de muito bom gosto, onde desde o figurino até as falas, era possível sentir com precisão a dor e a luta transmitida.
 
A descoberta de que o teatro foi programado para funcionar nos dois formatos de teatro (grego e italiano) também foi muito interessante, apesar de ter sido utilizado apenas duas vezes, a história por trás disso demonstra muito envolvimento, e extremamente interessante a maquinaria e funcionamento através de varas terem sido inspiradas nas caravelas portuguesas, por meio do “içar das velas. A visita foi muito importante e agregou muito em todos os conhecimentos previamente aprendidos nas aulas teóricas.