Visita Técnica ao Sesc Santos

Por Monize Gonçalves Andrade – FIC 2023-1
 
Na quinta, dia 16 de março, tive a oportunidade de visitar o teatro do Sesc Santos, para ver os bastidores da peça original do “Uma leitura de búzios”. O responsável técnico pelo teatro do Sesc Santos, Alexandre Amorim, guiou a turma nos bastidores dapeça, essa peça demorou 5 dias para ser montada, aprendi sobre como foi feita a pré-produção da peça a partir do caderno técnico.O caderno técnico de instalações, também chamado de Rider, é um mapa superdetalhado e completo, nele contém o mapa do teatro, plateia e palco, com os layouts da iluminação, som e equipamentos cênicos.
 
Esse caderno foi elaboradopela equipe técnica da peça e depois foi repassado para equipe do Teatro do SescSantos, o caderno precisou ser totalmente adaptado para o ambiente do teatro, asequipes do Sesc Santos e da peça fizeram diversas reuniões, trocas de e-mails eafins para ajustar os elementos do caderno, esse processo de adequação demoroumais ou menos três meses, e é chamado de Pré-produção. No sábado, a equipe decaptura de imagens do Sesc, conhecida como SPA, iria até o teatro para fazer agravação da peça, que posteriormente estará disponível no acervo do Sesc TV.
 
No teatro, o Alexandre levou a turma para se sentar atrás do ponto zero da plateia,onde assisti uma parte do ensaio da peça,e lá o Alexandre explicou sobre o pontozero. Os movimentos de iluminação e som já são programados para aconteceremautomaticamente, os técnicos só precisam “dar play” de cena em cena, mas asvezes pode ocorrer algum imprevisto e é necessário fazer algum ajuste na hora, oponto zero é um local centralizado no meio da plateia e a equipe técnica percebeuque naquele ponto era mais fácil observar a peça e corrigir algum imprevisto maisrapidamente, então uma parte da equipe de iluminação e som, que originalmente ficavam nas cabines em cima do palco, decidiu ficar no ponto zero, as mesas comos equipamentos e monitores ficam nesse ponto e os ajustes necessários são feitosao vivo durante a peça, duas fileiras atrás desse ponto são bloqueadas e as telasdos monitores tem uma luminosidade reduzida para não atrapalhar o público.
 
Quando o ensaio acabou fui para o palco ver os equipamentos de iluminação, aaprendi sobre a diferença entre Volts e Watts e sobre como funciona umdimerizador, o Alexandre falou também sobre as funções de um profissional doteatro no Brasil, como são contratadas menos funcionários que o necessário para ostaff das peças, os profissionais acabam acumulando funções, então um mesmoprofissional acaba sabendo executar mais de 50 funções.Durante o passeio pelos bastidores vi onde ficam as cordas das varas cenográficas,onde são colocados os refletores, objetos do cenário entre outros, essas varas sãocontrapesadas, o mecanismo delas é o mesmo que as velas das caravelas.
 
Conheci também as cabines que ficam atrás da plateia com janelas voltadas para o palco,onde parte da equipe técnica do teatro trabalha durante as apresentações, vi umcanhão de Elipsoidal, também conhecido como canhão seguidor, o Alexandredemonstrou como ele funciona, apontou o equipamento para a parede, para mostrar os tipos de foco, os ângulos que luz faz e falou para que tipo de funções ele éusado. Foi uma experiência sensacional essa visita, aprendi muito e me divertibastante vendo como a “magia” do teatro funciona, muito obrigada professor Cláudio Vitor vaz pela oportunidade desse passeio.